quinta-feira, 18 de abril de 2013

Trecho do livro: Deus, a Liberdade e o Mal

Eis um pequeno trecho, contido na página 45, do livro "Deus, a Liberdade e o Mal" de Alvin Plantinga, da Editora Vida Nova (Edição de 2012):

(...)

Nem uma defesa nem uma teodiceia, é claro, nos dão qualquer pista quanto à razão de Deus para um mal especifico - a morte ou o sofrimento de uma pessoa que nos é próxima, por exemplo. E há ainda outra função nas imediações - uma espécie de função pastoral - a que nenhuma delas responde. Quando é confrontado com o mal na sua própria vida ou quando subitamente se dá conta da extensão e magnitude do mal, um crente em Deus pode passar por uma crise de fé. Pode sentir-se tentado a seguir os conselhos dos "amigos" de Jó; pode sentir-se tentado a "amaldiçoar a Deus e morrer". Nem uma defesa do livre-arbítrio nem uma teodiceia do livre-arbítrio foram concebidas para ser de grande ajuda ou servir de consolo a quem passa por tal tempestade na alma (ainda que num caso específico, é claro, uma ou outra possam revelar-se úteis). Nenhuma deve ser vista principalmente como um meio de aconselhamento pastoral. Provavelmente, nenhuma permitirá a alguém encontrar a paz com si mesmo e com Deus face ao mal que há no mundo. Mas é claro que nenhuma visa a esse propósito.

Nota: Fica claro, ao longo de toda a leitura (a qual sugiro), que o alvo mesmo é mostrar que argumento por argumento o criacionista também possui. Argumento para, no mínimo, equilibrar a balança da do jogo das palavras "filosóficas e afins". O livro não ajuda ao que carece de fé. É um conteúdo que mede forças argumentativas. Como se quisesse dizer: nós também sabemos argumentar...

Enéias Teles Borges

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