sábado, 8 de dezembro de 2012

FÉ-DEMAIS-NÃO-CHEIRA-BEM

Faço uma diferenciação entre a fé-sentimento-original e a fé que se construiu dentro de sistemas de crenças religiosas. A primeira é o sentimento primal que despertou no homem primitivo quando ele olhou as estrelas e extasiou-se. Esta é puro sentimento e deslumbramento. É busca nostálgica de se religar ao todo ao se perceber ente-fragmentado. Esta fé todo ser humano tem, pois todos têm a capacidade de se maravilhar com o mistério da existência e todos, vez ou outra, percebem-se incompletos -mas não sabem muito bem o que lhes falta.

Esse sentimento original foi o berço onde se embalou o arcabouço “lógico” que pretendeu explicar os fenômenos da natureza através de crenças religiosas – o berço dos deuses!! Eram eles – os deuses – os responsáveis pela chuva, pelo florescer da relva, pelos raios e pelas tempestades. Um verdadeiro big bang de criatividade para se domesticar e explicar as forças sombrias da natureza. Ficamos dependentes dos deuses e a eles, oferecíamos dádivas e sacrifícios palas suas benesses. Essa é a fé original e a fé construída dentro de um sistema de crenças, segundo minha visão.

A fé do cotidiano é aquele tipo de fé que todo mundo também tem, senão, impossível seria viver num mundo caótico e assustador. É a fé que te faz levantar da cama de manhã e enfrentar o dia. Fé de que vale a pena viver, trabalhar, estudar, ter filhos, ter amigos e ter ideais. Essa fé do cotidiano é que te faz entrar numa condução e esperar chegar ao seu destino, por que você não pode ter a certeza absoluta que nele chegará; logo, é preciso fé, acreditar. Sem essa fé para a vida, melhor seria morrer. Parafraseando a conhecida frase do apóstolo, “sem fé é impossível viver”.

A fé religiosa evoluiu, até sofisticou-se ao aliar a razão à fé. Nasceram os complexos sistemas teológicos e o monoteísmo. Mas essa fé que se manifesta dentro de um sistema de crenças, pode ser perigosa; pode tornar-se intolerante, invasiva, autoritária, fora da realidade, patológica, doentia. Mas ao mesmo tempo, se for equilibrada, pensada, aberta, acolhedora, não moralista, que se alegra com a vida, que vive e deixa viver, que não se apossa de Deus e não se pretende ser porta-voz única da divindade, pode ser salutar, pode fazer bem à alma e a mente, se for construtora de relacionamentos e redes de solidariedade não excludentes.

O homem religioso moderno é muito semelhante ao homem primitivo. Ele ainda quer domesticar o que lhe foge ao controle. Ele quer segurança e paz e busca em Deus esse refúgio. O homem que pulou fora das cercas dos sistemas religiosos e renegou Deus, diz-se ateu. Mas este ainda conserva aquela fé original, aquele sentimento nostálgico de ser inteiro, de ser “Um com o Pai” – mesmo que este Pai agora, adquira novas faces.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Inferno e Paraíso no Islamismo

Dr Salim Almahdy

Queridos irmãos e irmãs,

Não há dúvidas de que todo mundo gostaria de ter certeza de para onde vai depois da morte, mesmo que não creia na eternidade. Em Jesus Cristo, temos esta certeza (João 3.16). Na Bíblia, Jesus deu uma descrição bem clara do céu e do inferno, quem vai para lá, por quê alguns irão para o inferno e outros para o céu, e o desejo de Deus de que todo homem e mulher vão para o céu (1 Timóteo 2:3,4). Mas, e o que diz o islamismo? 

A Descrição do Inferno no Islamismo 

No islamismo, o inferno é um lugar de fogo e tormento. Alá preparou-o para ser enchido com os Jinni (maus espíritos) e seres humanos, e ninguém vai escapar. Foi criado tanto para os injustos como para os justos. No Alcorão, no Sura (um capítulo do alcorão) Al Hijr 15.43,44, “o Gehenna [inferno] será a terra prometida de todos eles. Sete portões ele tem, e em cada portão uma porção destinada a eles”. Também lemos no Sura Maryam 19.71: “Nenhum de vocês lá está, mas vai descer até ele [inferno], pois para o vosso Senhor é uma coisa decretada, determinada. Então, libertaremos aqueles que temiam a Deus”.

Ali Ibn Abi Talib (o terceiro Califa) certa vez perguntou: “Você sabe com o que se parecem os portões do Gehenna?” Então ele pôs uma mão sobre a outra indicando que há sete portões, um em cima do outro, Al Baidawi (um comentarista) disse: “Ele tem sete portões através dos quais eles serão admitidos pelo seu grande número. As camadas que eles vão descer conforme a sua graduação, são rspectivamente: Gahanna, o mais alto, é para os monoteístas rebeldes; o segundo, Al Laza [fornalha], é para os judeus; o terceiro é Al Hutama [o esmagado], que é para os cristãos; o quarto é Al-Sa’ir [a fogueira], para os Sabaenos; o quinto, Saqar [calor ardente], é para os adoradores do fogo; o sexto é o inferno, que é para os incrédulos; e o sétimo é a Fossa para os enganadores”. 

A Descrição do Paraíso 

A Bíblia diz que os cristãos nascidos de novo vão estar no céu com Deus, num estado de santa alegria e adoração dAquele que os salvou do inferno. Um retrato do paraíso que espera os muçulmanos depois que eles saírem do inferno nos foi apresentado pelo Alcorão; por Maomé, o mensageiro de Alá; e pela maioria dos antigos e mais recentes sábios muçulmanos. Este retrato está muito bem apresentado no Sura (um capítulo do Alcorão ) 36.55,56; 37.41-49; 47.15; 55.56; 56.22,23; 56.35-37; e 87.31-33:

Uma coisa muito estranha que o paraíso tem são as houris, destinados a satisfazer os prazeres sexuais dos homens. Estas houris são virgens, e as suas relações com os homens jamais afeta a sua virgindade. Não envelhecem mais do que 33 anos de idade. São brancas, olhos grandes e negros e a pele suave e macia. As mulheres que morrem em idade avançada na terra serão recriadas virgens para o deleite dos homens. Estes comentaristas concordam com isto: Al Jalalan (pp. 328, 451-453, 499), Al Baidawi (pp. 710, 711, 781) e Al Zamakhshary (Parte 4, pp. 453, 450-462, 690).


Em seu livro Legal Opinions (Opiniões Jurídicas), o Xeque Sha ‘rawi (o mais renomado Xeque de todos os países árabes e islâmicos, que tem um programa de televisão no Egito) expôs a sua tese quando escreveu: “O apóstolo de Deus recebeu a seguinte pergunta: ‘Teremos intercurso sexual no paraíso?’ Ele respondeu: ‘Sim, juro por Aquele que tem a minha alma em Sua mão que será um intercurso vigoroso e, logo que o homem se separe dela [a houri], ela voltará a ser imaculada e virgem’”. Na página 148, Sha ‘rawi escreveu: “O apóstolo de Deus, Maomé, disse: ‘A cada manhã, cem virgens serão [a porção] de cada homem’”. O islamismo é uma religião de lascívia. As mulheres são consideradas no céu como objetos de prazer a serem possuídos pelos homens, do mesmo modo como são hoje abusadas em muitos países muçulmanos.

Na página 191, Sha ‘rawi diz que se uma mulher tiver sido casada com mais de um homem, ou por ter ficado viúva, ou por ter-se divorciado, no paraíso ela teria o direito de escolher um deles. Mas, o homem no paraíso tem o direito de ter dúzias de houris. Compare com as palavras de Jesus em Mateus 22.29,30. Ao ser questionado sobre o casamento no céu, ele deixou bem claro: “Vocês estão errados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus. Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em casamento; mas são como os anjos do céu”. 

O Contrato de Casamento Temporário 

Sábios muçulmanos, em coleções de comentários chamados “Hadiths”, descrevem um “casamento de prazer”. O casamento de prazer é simplesmente assinar documentos religiosos no quarto de uma prostituta, ou na recepção com um Imã (oficial religioso), antes de fazer sexo. Assim, não existe pecado, pois os parceiros foram “casados” por uma hora.

Maomé legalizou este procedimento, depois o proibiu, voltando a legalizá-lo depois, por isso, a maioria dos seus seguidores e os Califas consideram-no legal. Os muçulmanos xiitas (100 milhões) são acostumados com este procedimento e o praticam em várias partes do mundo. Conforme registrado no Sahih al-Bukhari (um comentário), “Quando estávamos no exército, o apóstolo de Alá veio até nós e disse: ‘Vocês têm direito ao prazer, portanto, desfrutem-no. Se um homem e uma mulher concordarem em se casar temporariamente, esse casamento deverá durar três noites e, se quiserem continuar, eles podem’”. Ibn Mas’ud também confirmou isto. (Para mais informações sobre mulheres no Islamismo serão publicadas na próxima edição, nesta série). 

O retrato do paraíso no Alcorão tem também as seguintes descrições: 

“De altos tronos eles darão ordens” (83.23); “Adornados naquele lugar com braceletes de ouro e pérolas e as suas roupas serão de seda” (22.23); “Neles haverá frutos, e tâmaras e romãs” (55.68); “e desposarão donzelas com grandes e brilhantes olhos” (52.20); “reprimindo olhares que nenhum homem ou Jinni antes deles jamais tocou” (55.56).

Como cristãos podemos nos regozijar porque Jesus breve virá e nós vamos estar com Ele em perfeita santidade como Ele prometeu. Todos nós vamos nos relacionar uns com os outros como irmãos e irmãs num reinado glorioso, considerando e honrando uns aos outros. “Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17).


Nota:  Incrível como cada núcleo religioso tem uma visão diferente a respeito do futuro humano. Interessante que todos se julgam corretos e mais: que os outros estão sempre errados...

Enéias Teles Borges

domingo, 2 de setembro de 2012

Eu abomino o fundamentalismo

Eu abomino o fundamentalismo. Não importa como ele se apresenta. Tanto faz ser o fundamentalismo religioso, que a muitos maltrata ou mesmo o novo tipo de fundamentalismo que se manifesta: aquele promovido pela nova ala do ateísmo. Criacionistas que fazem proselitismo e ateus que também o praticam, são oriundos da mesma vala do fanatismo humano. Não escondo de ninguém que minha postura é agnóstica e voltada para o teísmo. Isso me dá o direito de não gostar de qualquer tipo de fundamentalismo. Sou a favor da apresentação das ideias e da oportunidade concedida à reflexão sobre os discursos apresentados. O mundo carece de menos violência e o fundamentalismo é um dos principais agentes da discórdia. Que ninguém seja obrigado ao doutrinamento. Não importanto se a ideologia é teísta ou ateísta. Vamos dar uma oportunidade à razão, ao livre arbítrio...

Deixemos o mundo em paz!

Enéias Teles Borges

terça-feira, 28 de agosto de 2012

É para pensar...

Veja a imagem acima (clique para ampliar) e conclua comigo: não tem todo o sentido possível? É para pensar...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A religião e o medo...

O medo dos poderes invisíveis, inventados ou imaginados a partir de relatos, chama-se religião. (Thomas Hobbes)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Milagres, preconceitos e negócios

Desde a primeira Constituição republicana, promulgada em 1891, o Brasil é um Estado laico. Ou seja, é uma nação oficialmente neutra em relação às questões religiosas, não apoiando e nem se opondo a nenhuma religião. Ao contrário do que muitos afirmam, reivindicar o cumprimento da laicidade estatal não é uma causa apenas de ateus e agnósticos. Vários religiosos também pleiteiam o Estado laico. Em seu livro Leviatã, o filósofo britânico Thomas Hobbes apontava que algumas afirmações de Jesus Cristo como “O meu reino não é deste mundo” e “Dai a César o que é de César e a Deus o que é Deus” traziam, explicitamente, a ideia de que assuntos religiosos não devem se misturar com a esfera pública. Ou seja, o próprio Messias, segundo o filósofo, defendia a separação entre Estado e igreja.

De acordo com a publicação A Sentinela, ligada às Testemunhas de Jeová, os cristãos verdadeiros devem seguir o exemplo de Jesus, que não se envolvia com política. Para dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da CNBB, “a separação entre igreja e Estado, conquistada, no Brasil, com a proclamação da República, significou, para ambos, um ganho enorme em termos de autonomia e liberdade de ação”. Portanto, o Estado laico é uma aspiração dos cidadãos de bom senso, independente de convicções religiosas.

Entretanto, quando emissoras de televisão, que são concessões públicas, são utilizadas para promover determinados pastores evangélicos e suas igrejas, devemos nos preocupar. De acordo com uma reportagem de Paula Adamo Idoeta, publicada no site BBC Brasil, as igrejas evangélicas “adquirem cerca de 130 horas semanais nas grades de algumas das principais emissoras de TV abertas do país”. 

Pastor lançou um cartão de crédito 

O primeiro líder religioso que percebeu a importância da televisão para aumentar o número de fiéis foi Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. No fim da década de 1980, ele adquiriu a concessão da Rede Record e, desde então, tem utilizado seu veículo de comunicação para divulgar a sua crença religiosa e atacar os seus desafetos. Nos cultos televisivos da Igreja Universal, muitos féis relatam que, após “encontrar Jesus”, abandonaram o vício em drogas, deixaram o mundo do crime e prosperaram em seus negócios. Porém, a questão torna-se extremamente controversa quando os pastores da igreja de Edir Macedo afirmam ser capazes de exorcizar demônios ou curar doenças crônicas.

Já Silas Malafaia, líder daAssembleia de Deus – Vitória em Cristo,é conhecido pelos gritos histéricos em suas pregações e por sua obsessão em atacar os homossexuais. Em um discurso contra o casamento homoafetivo, Malafaia chegou a comparar a homossexualidade à zoofilia e necrofilia. “Vamos colocar na lei tudo o que se imaginar. Quem tem relação com cachorro, vamos botar na lei. Eu vou apelar aqui. É um comportamento, vamos aceitar. Quem tem relação com cadáver, é um comportamento, vamos botar na lei”, disse o pastor sobre a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo.

Por sua vez, R. R. Soares,fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, tem se mostrado um excelente homem de negócios. Conforme mencionado em uma reportagem do Estado de S.Paulo, o líder religioso é “dono de um patrimônio milionário que inclui, entre outros bens, gráficas, gravadoras, distribuidoras e emissoras de rádio e TV”. Em seu programa Show da Fé, R. R. Soares vende livros, revistas, CDs, DVDs e pacotes de TV por assinatura. Em consonância com o capitalismo financeiro, o pastor lançou recentemente um cartão de crédito. Não obstante, o fiel da Igreja Internacional da Graça de Deus pode pagar o seu dízimo via boleto bancário. Qualquer semelhança com Tim Tones, personagem de Chico Anysio, não é mera coincidência. 

Seria cômico se não fosse trágico 

Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, é o pastor evangélico que mais tem se destacado atualmente. “Parte do encanto de Valdemiro está na imagem messiânica que ele construiu em torno de si, contando histórias mirabolantes”, escreveram Mariana Sanches e Ricardo Mendonça na revista Época. Entre as grandes proezas do líder religioso, relatadas no livroO grande livramento, estão resistir à queda do oitavo andar de uma obra, sobreviver a um naufrágio, esquivar-se de uma tentativa de homicídio(os “matadores profissionais” erraram os cinco tiros) e sair ileso da explosão de uma mina terrestre.

Como não poderia deixar de ser, Valdemiro já curou paraplégicos, leprosos, aidéticos, tuberculosos, hansenianos, cegos, surdos e portadores de câncer. No entanto, o milagre mais espetacular foi relatado pelo pastor em uma entrevista concedida em 2009 à publicação evangélica Eclésia: “Uma das histórias que mais me impressionaram foi de um homem que morreu. Como se diz no Nordeste, ele estava na pedra. A família já tinha recebido atestado de óbito. A filha dele chegou em mim na igreja, me abraçou e disse: ‘Se o senhor disser que ele está vivo, ele viverá.’ O que houve ali foi pela fé dela. Comovido, respondi: ‘Então, está vivo.’ Quando ela voltou para casa, estavam se preparando para velar o corpo e receberam a notícia de que o homem havia voltado à vida. Os médicos tentaram justificar, mas não conseguiram entender como o coração dele voltou a bater. Foi uma ressurreição”, afirmou Valdemiro.

Diante dessa realidade, uma pergunta se torna inevitável: curar leprosos, fazer paraplégico andar, cego enxergar e ressuscitar mortos não lembra um famoso personagem monoteísta? Desde que o filho de um carpinteiro e de uma virgem caminhou sobre as águas na região da antiga Galileia, há quase dois mil anos, nunca se registram tantos milagres quanto os realizados pelos pastores evangélicos no Brasil neste início de século 21. Seria cômico se não fosse trágico.

[Francisco Fernandes Ladeira é especialista em Ciências Humanas, Brasil: Estado e Sociedade pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e professor de História e Geografia em Barbacena, MG]

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A luta perdida contra o Sistema

Existem pessoas que acreditam no impossível: que vencerão um Sistema Religioso! Revoltam-se, criam movimentos mil. Tempos depois ficam cansadas e tudo cai no esquecimento. Alguns logram um êxito indireto e formam uma nova agremiação, que no futuro se transformará num Sistema Religioso, que será combatido por alguém, que por seu turno, perderá a demanda.

Não é preciso ser gênio para saber que lutar contra o Sistema é luta fadada ao fracasso. Todas as agremiações de fé estão unidadas em torno de um objetivo comum, que é a preservação do status. O que se insurgir contra isso, estando certo ou errado, haverá de sucumbir.

Lutar contra um Sistema, desde que ele esteja pervertido, serve para algo maior, mas no "campo da moral". Serve para deixar registrado que mesmo fadado ao fracasso, o derrotado prefere o banimento à falta de decoro.

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ateus e agnósticos, esses seres esquisitos

Depois de um breve período matriculada em uma escola laica, minha filha, aos 6 anos, sentou-se à mesa e começou a cantarolar:

“Meu lanchinho todo dia vou tomar para o Papai do Céu triste não ficar…”. A música deveria estar vindo da escola, perguntei se era o que cantavam para lanchar. Ela afirmou que sim, estava contente porque havia conseguido decorar; as outras crianças matriculadas desde a pré-escola já sabiam a letra toda. 

Perguntei quem ela achava que era o Papai do Céu.

– Ah mãe, é um senhor grandão que fica lá no Céu espiando se a gente faz tudo direitinho aqui embaixo na Terra.

Tremi nas bases, era tudo o que eu não ensinara e não recomendo que se ensine às crianças. Ser temente a um Ser Supremo Imaginário é um caminho para a abertura do núcleo psicótico de qualquer humano em fase de desenvolvimento infantil.

Recomendo a leitura completa: SUL21.

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sobre a ilusão e a religião...

"Dizemos a nós próprios que seria realmente muito bonito se houvesse um Deus, criador do mundo e Providência bondosa, se houvesse uma ordem moral universal e uma vida no além, mas é muito estranho que tudo isso seja da maneira como temos de desejar que seja." (Sigmund Freud, O futuro de uma ilusão)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Jesus nasceu em junho?

Para alguns, o Natal é uma época qualquer do ano. Para outros marca a celebração máxima do cristianismo. Interpretações à parte, todos nós aprendemos, seja na escola ou na família, que Jesus nasceu em 25 dezembro. No entanto, uma pesquisa realizada pelo astrônomo australiano Dave Reneke, sugere que Jesus não nasceu em dezembro e sim em 17 de junho.

O estudo de Reneke, diretor da conceituada revista Sky and Telescope e diretor do Observatório de Port Macquarie, se baseia na informação contida no Evangelho de Mateus, que descreve o surgimento de "estrela" como sinal do nascimento de Jesus.

Utilizando um moderno programa de computador capaz de reproduzir o céu há milhares de anos, Reneke concluiu que a "Estrela de Natal", que segundo a Bíblia teria guiado os Três Reis Magos até a Manjedoura, era na realidade a conjunção espetacular entre Júpiter e Vênus, ocorrida dois anos e seis meses antes.

Não existe um consenso entre os pesquisadores sobre a data exata em que Cristo nasceu, sendo geralmente estimada entre 3 aC (3 anos antes) e 1 dC (1 ano depois).

Alinhamento

"Júpiter e Vênus chegaram muito perto, refletindo muita luz. Naturalmente não se pode afirmar com total certeza que esta era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até o presente momento esta é a explicação mais aceitável que já vi sobre isso", disse Reneke em entrevista à BBC Brasil.

O alinhamento a que o astrônomo se refere é similar ao ocorrido no início de dezembro, quando Júpiter e Vênus ficaram muito próximos, com a diferença que em 17 de junho de 2 aC os planetas estavam tão juntos que parecia um único objeto. "A astronomia é uma ciência muito precisa. Através de cálculos é possível apontar exatamente onde estavam os objetos no céu e existe uma grande possibilidade que esta conjunção possa ser a estrela descrita por Mateus".

Outras teorias especulam sobre a Estrela de Belém ser um cometa ou uma supernova, causada pela explosão de uma estrela, mas até hoje não foram devidamente comprovadas.

Sem Polêmicas

De acordo com Reneke, sua pesquisa não deve ser vista como uma tentativa de contestação religiosa. "É apenas uma pesquisa astronômica. Quando misturamos ciência e religião sempre haverá a chance de irritar ou magoar as pessoas. Neste caso, o resultado pode até servir para reforçar a fé, uma vez que mostra que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo".

Antes dos estudos de Reneke, muitos teólogos também contestaram a data atribuída ao nascimento de Jesus. Isso porque o Novo Testamento diz que quando Cristo veio ao mundo, os pastores cuidavam de seus rebanhos à noite e ao ar livre. Segundo os teólogos isso seria inviável em dezembro, uma vez que o inverno israelense é muito rigoroso.

Nota do Apolo11: Este não é um artigo religioso, mas científico, onde um pesquisador tenta correlacionar uma data conhecida a um evento astronômico. As palavras que possam representar citações religiosas são necessárias dentro do contexto histórico a que se refere o artigo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Jesus Cristo nunca existiu?

Jesus Cristo nunca Existiu

La Sagesse
“Existe uma chave para a liberdade: Pense! Se quiseres ser um cordeiro, seja feita a tua vontade. Não reclames, entretanto, quando fores servido em nosso grande Sabbath!”
Um “bem velho” dito pagão, do século XX

Prefácio

Tenho a satisfação de recomendar ao público a presente obra, escrita sob o título “Jesus Cristo Nunca Existiu”, de La Sagesse, em cujo conteúdo o autor revela o seu pensamento de modo fiel e sem reticências a respeito de tão delicado assunto. Embora seja este o seu primeiro trabalho publicado, o autor revela-se um escritor em potencial, de quem muito ainda se pode esperar. Diante da necessidade sempre crescente da verdade, encetou a presente obra para doar à humanidade a sua contribuição de natureza cultural, querendo apenas cumprir o seu dever de informar, perante si próprio e perante os homens.

Aos oportunistas pouco importa se sob a palavra sonora se oculta a hipocrisia e a mentira. Contudo, para os espíritos puros e corajosos, para os quais os interesses particulares não devem sobrepor-se aos anseios do povo, mister se faz que a verdade surja em toda a sua plenitude, deitando por terra toda a fraude e mistificação. Este é um livro corajoso, concebido sem a preocupação de agradar ou desagradar, não importando se suscetibilidades são feridas pelo que aqui está exposto. O seu intuito é exclusivamente patentear as provas inequívocas de falsificação e mistificação, as quais foram impostas aos homens a ferro e fogo, durante séculos.

No decurso da obra, são reveladas todas as ideias da Igreja como realmente são: a mais pútrida e falsa amoedação que pode haver, capaz de desprezar a natureza e os valores naturais. Constituiu-se a Igreja em verdadeiro parasita do homem crente, a verdadeira tarântula através da qual o clero que se constitui em uma minoria privilegiada vem sugando e envenenando sem parar o sangue e a vida daqueles que, iludidos por falsas promessas, mantêm os olhos fechados para a realidade da vida e das coisas.

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